DREDGE | Análise

quinta-feira, 13 de abril de 2023


DREDGE é um caminho sem volta, depois que você dá start no jogo, ele te cativa de uma forma viciante.

O jogo vai muito além de ser apenas um game de pesca, não que isso seja ruim, mas essa temática é apenas um dos elementos. E apesar de o ato de pescar ser repetitivo, outras coisas vão te instigando a continuar. 

O mistério sempre está presente, te fazendo questionar tudo e todos. Já que muitas pessoas possuem um rosto nada amigável, sendo perceptível que elas já viram muita coisa nesses mares.

Pois bem, hoje eu vou contar o que eu achei de DREDGE, um game indie lançado em 30 de março de 2023. Ele foi desenvolvido pelo estúdio neozelandês Black Salt Games e publicado pela Team17.

A história dele se passa em um arquipélago remoto, em que fomos contratados pelo prefeito de Medula Maior, a partir de então, vamos zarpar rumo ao mar e vasculhar as profundezas buscando por itens únicos e diversos peixes para conseguirmos vendê-los. 

Captura de tela: Gislene Ana Barbosa
O jogo mistura paisagens belíssimas com uma história macabra. Vale comentar que também possui uma arte incrível, eu realmente gostei muito do traço e do visual do jogo.

Inclusive, a primeira vista pode enganar parecendo ser um jogo inofensivo, mas em DREDGE, eu morri de todas as maneiras possíveis. Por que eu sou ruim? Talvez, mas com certeza porque eu sou curiosa e enxerida. Se alguém me fala: ah, não pode navegar a noite. O que eu vou fazer? Navegar a noite, e é lá que os perigos moram. Além de ir até o final do mapa pra ver o que acontecia, recomendo caso você queira levar um baita susto!


Outro motivo, foi pra pegar os tesouros, se uma coisa que esse jogo me surpreendeu, foi pela quantidade de itens que dá pra encontrar por aí. Não apenas colocaram mais de 100 tipos de peixes, como também capricharam em outros detalhes. Trazendo muita diversidade de coisas para se fazer.

Por conta disso, eu dediquei mais de uma semana nesse jogo, porque eu queria fazer o máximo que eu podia, e spoiler: não dei conta de fazer tudo!

A dificuldade pra pescar não é difícil e eu achei muito interessante a mecânica com os minigames, assim como pra dragar itens para melhorias e também encontrar objetos preciosos.


Conforme a gente avança no jogo, é possível ir melhorando os equipamentos. E ajudando os moradores, vamos ganhando novos itens e novos poderes, o que facilita muito para conseguir chegar em locais mais distantes. Essas novas mecânicas são muito criativas, eu adorei! Além de ajudar realmente a tornar o jogo menos repetitivo, também nos permite acessar outras camadas do game.

Falando nisso, o jogo traz personagens muito interessantes, cada um com uma história e falas únicas, trazendo também personagens femininas com um passado e coisas pra te contar. Eu gostei bastante dessa parte, até porque você tem escolhas tanto nas suas falas como em suas ações, que impactam muito na sua jogatina e no rumo que você irá tomar no final do game!

Captura de tela: Gislene Ana Barbosa
Outro ponto que eu acho interessante comentar, é por ele ter gerenciamento, e como eu citei anteriormente, a gente precisa fazer melhorias em nosso barco, nas nossas varas, porque cada uma pode pescar um tipo de peixe e também possui um local específico pra funcionar. O jogo tem bastante profundidade, como por exemplo, um mapa extenso e regiões variadas, eu fiquei impressionada com todos os locais que visitei.


No entanto, a Bacia Estelar se destacou por ser muito bonita e brilhante, apesar de todos os lugares serem bem feitos, ela teve um lugarzinho especial me dando um pouco de aconchego. Ainda que ela tenha uma história triste por trás, as águas cristalinas me fizeram ter vontade de navegar mais por lá. (Fun fact: eu já fui queimada por água-viva na vida real, então toda vez que eu via elas por lá, me dava uma leve agonia). 

Eu achei genial também como fizeram a Espinha do Diabo, o lugar é cheio de rochas vulcânicas e obstáculos, eu bati tanto o meu barco lá, mas mesmo assim não deixei de me impressionar com o local.

Um ponto que me chamou muito atenção foi pelas referências literárias, além do nosso personagem precisar realizar leituras para saber mais sobre pescaria e se especializar, algumas descrições dos ambientes lembram bastante como se a gente estivesse lendo um livro, tornando a narrativa mais rica.


Eu realmente achei o jogo bem completo, não imaginava que iria ficar tão imersa nele. Eu poderia ficar jogando muito mais pra fazer o outro final, porque eu gosto de completar tudo!

Acho importante comentar também, que eu joguei ele no Nintendo Switch, e foi bem divertido, ele funcionou perfeitamente tanto no formato de console jogando na TV, quanto no portátil.

Porém, ele está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series XS, ou seja, todas as plataformas, inclusive se você jogou em alguma dessas deixe nos comentários se ele tava certinho também!

Eu tava muito ansiosa pra jogá-lo desde que vi o primeiro trailer, porque eu gosto muito desse tipo de jogo que a gente trabalha fazendo entregas sabe? Tipo Lake, que eu amei muito, no qual estamos na pele de uma carteira que tem que entregar alguns pacotes, o jogo é muito mais simples que esse, mas tem a premissa parecida. Então é o tipo de jogo que eu fico muito concentrada e nesse caso até submersa na história.

Então, pra mim vale muito a pena conhecer esse mundo e descobrir os perigos que o mar pode oferecer, conversar com os moradores e explorar ao máximo, porque você fica muito livre para fazer isso em DREDGE.

Caso você já tenha jogado, me conta o que você achou ou se ainda não jogou ou não conhecia, me diz se te despertou curiosidade!

Essa review só fui possível graças a uma chave do jogo cedida pela Team17! Muito obrigada! 
💜

Comments

  1. Depois de ter descoberto talassofobia em vídeos do youtube, essa temática de mar perigoso me intriga bastante também. Ainda pretendo jogar esse e fiquei curioso sobre o final do cenário que você falou hehehe

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Simmm, é bem legal essa parte, com elementos do lovecraft, pra quem curte essa temática vai ficar bem imerso!

      Excluir