A relação de Röki com a maternidade

domingo, 8 de maio de 2022


Quando estava pensando sobre fazer algo para esta data comemorativa de dia das mães, não queria fazer algo óbvio e me lembrei de Röki, um jogo que eu zerei recentemente e tem essa relação com a maternidade muito forte.

Röki é um jogo de aventura, com puzzles e desenvolvido pelo estúdio britânico Polygon Treehouse e publicado pela United Label Games, em 2020.

Durante a narrativa do jogo conhecemos várias mães, a história basicamente gira em torno dessa temática familiar, porque a Tove tem o pai dela muito presente após perder a mãe, e em resumo, ela está a procura de seu irmão, enquanto isso algumas lembranças vão surgindo.

Mas enquanto eu pensava, me questionei: por que não abordar uma história onde a personagem não tem mais a sua mãe presente, mas ela está tão viva em seu coração que é relembrada durante toda a jogatina?


Por conta disso, me identifiquei muito com a personagem, pois perdi minha mãe recentemente e não consigo imaginar como seria minha infância sem a presença dela, já que é extramamente difícil essa perda durante a vida adulta, imagina para uma criança presenciar esse momento. No entanto, a Tove, uma jovenzinha, consegue enfrentar muito bem os desafios!

Aliás, abrindo um parenteses aqui, já que não é muito uma análise de jogo e sim um momento de reflexão. Eu também pensei em falar sobre o mais recente Life is Strange: True Colors, já que a relação com a mãe dela tem um pouco mais a ver com a minha história, mas para isso eu iria precisar dar alguns spoilers e também ficaria um texto muito melancólico. Porém, recomendo muito ele, nunca chorei tanto com um jogo.

Sendo assim, vamos continuar com Röki, nele a nossa protagonista perde sua mãe em trágico acidente enquanto seus pais estavam a caminho do hospital. Ela estava grávida, mas o seu irmãozinho Lars sobreviveu.

Alguns anos se passam e após certos acontecimentos ela se perde de seu irmão na floresta congelada e o seu pai está desaparecido, ou seja, ela se encontra sozinha em uma jornada em busca dos dois. Durante esse longo período, ela conhece diversos personagens mágicos e criaturas estranhas em um mundo nórdico esquecido.


O jogo mescla momentos muito bonitos e emocionantes com aventuras que podem ser aterrorizantes. É realmente uma jornada em um mundo folclórico oculto, com locais bizarros e criaturas estranhas e, ao mesmo tempo, simpáticas.

Algumas dessas criaturas são mães, e vemos que elas são muito reais, porque mães de verdade erram, fazem qualquer coisa para proteger os seus filhos e tudo isso sempre pensando no melhor para eles. E é essa a lição que eu levei de Röki, inclusive, a Tove teve que assumir muito pequeninha a função de “mãe” e não de irmã. Vemos nela e em seu pai uma relação de companheirismo muito forte, já que traumas podem aproximar as pessoas.

Eu não conhecia nada do folclore escandinavo, mas achei incrível como ele é – na perspectiva do jogo –, muito ligado à família e à natureza.



A história é muito triste e emotiva, mas, ao mesmo tempo, é muito fofinha e dá um quentinho no coração, tenho certeza que pode encantar vários tipos de jogadores. Não é à toa que esse jogo ganhou muitos prêmios.

Bom, eu poderia aprofundar muito mais essa reflexão sobre a maternidade, mas eu estragaria a experiência dos futuros players, então espero que você jogue e preste atenção em cada detalhe, pois são muito importantes!

Röki está disponível para PC, Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

Feliz Dia das Mães! 💜

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